sábado, 7 de fevereiro de 2009

Lucidez.....

Eu não posso viver sem clareza. Eu quero e tenho de me aproximar das metas elevadas com um trabalho fervoroso e uma profundidade puramente objectiva. Eu luto pela minha vida e, por isso, creio poder alcançar com confiança. Só uma coisa me realiza: obter clareza. De outra forma a vida é-me insuportável, se não puder acreditar que alcanço isto, a saber: que eu mesmo possa efectivamente contemplar a terra prometida com um olhar límpido.
(in: Husserliana, vol. XXIV, p 445)

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Depressão! Morte.

Aí, o lago ia-se desdobrando, os lilases floresciam, os plátanos desabrochavam, as montanhas cintilavam, as cascatas brincavam; a primavera vestia-se de verde, a neve branca, o céu, azul; as flores das árvores frutíferas pareciam nuvens(...). Depois, a neve deixou de brilhar; as flores de árvores frutíferas perderam o seu aspecto de nuvens; eram mosquitos.(...)(Malcom Lawry, Debaixo do Vulcão)

sábado, 24 de janeiro de 2009

Prosseguir!...

E assim prosseguimos com as nossas vidas, cada um para seu lado. Por mais profunda e fatal que seja a sua perda, por mais importante que seja aquilo que a vida nos roubou -arrebatando-a das nossas mãos-, e ainda que nos tenhamos convertido em pessoas completamente diferentes, conservando apenas a mesma fina camada exterior de pele, apesar de tudo isso continuamos a viver as nossas vidas, assim, em silêncio, estendendo a mão para chegar ao fio dos dias que nos coube em sorte, para logo o deixarmos irremediavelmente para trás. Repetindo, muitas vezes, de forma particularmente hábil, o trabalho de todos os dias, deixando na nossa esteira um sentimento de um incomensurável vazio. (Haruki Murakami, Sputnik, Meu Amor)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Ler...ler..e ler

Ler o quê? Tudo. Anúncios, legendas, jornais e até receitas de culinária, mas principalmente literatura. E para quê? Para ampliar as capacidades do cérebro, aprender a pensar, a ver com o olhar dos outros e a recriar emoções ou sentimentos. A leitura torna o mundo mais inteligível e as pessoas mais inteligentes. Além disso, está vinculada directamente à educação e à cultura e também ao desenvolvimento social e económico sustentado de qualquer país. [...]Virtudes da leitura: "Ler para ampliar o próprio universo, para se apropriar do conhecimento universal. Para desenvolver a inteligência, mas, principalmente, para olhar com o olhar do outro e, assim, se tornar mais tolerante, mais humano. Nos países pobres ou em desenvolvimento, ler é fundamental como meio de promover a cidadania." (in: Público)