sexta-feira, 25 de julho de 2014

Mário Vargas Llosa

honoris causa – UNL, FCSH

Porque Mário Vargas Llosa 

é um dos meus escritores preferidos,

e, antes de ser nomeado, já há muito o apontava como merecedor do Nobel,

e porque foi doutor honoris causa pela FCSH da Nova, 

deixo aqui as suas palavras aquando do doutoramento.

Escritor Vargas Llosa defende o espírito crítico da literatura.

Llosa alertou para os perigos da "sociedade do espetáculo" que vivemos e a ditadura da tecnologia, e defendeu uma literatura que "mantenha o espírito crítico, sem a qual desapareceria a liberdade".
***

A literatura é um prazer, mas se for apenas isso, provavelmente empobrecia na sociedade algo de que depende, na sua essência, o progresso humano, que é o espírito crítico, afirmou Llosa.



"Nada nos ensina melhor que um livro".

Vargas Llosa afirmou que é do tempo em que os escritores acreditavam na literatura como  "arma eficaz para combater as injustiças, em que as palavras eram armas, como escreveu Jean-Paul Sartre, e com elas se podia influenciar a história e, como escreveu Arthur Rimbaud, mudar a vida".

O escritor defendeu que a literatura deve "combater eficazmente os demónios e os males que grassam numa sociedade".

Enfatizando a força da literatura, Llosa referiu a "desconfiança pertinaz e sistemática ao longo da história" de todos os regimes ditatoriais, que estabelecem "de imediato um regime de controlo e censura" das obras de ficção, "esse sistema tão benigno de contar histórias, que atiçam o coração humano".

"Se não fosse essa insatisfação, que a literatura alimenta, o homem nunca teria saído das cavernas e alcançado as estrelas".

  • O escritor hispano-peruano falava na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, depois de ter recebido o grau de Doutor Honoris Causa daquela instituição, apadrinhado por Francisco Pinto Balsemão, presidente do conselho geral da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, e proposto pelo poeta e catedrático Nuno Júdice, que fez o elogio académico. (in: Público)