segunda-feira, 28 de junho de 2010

Solares Portugueses!

Estes velhos palácios, quase abandonados, olhei-os sempre, de longe, como um sonho de conforto, de intimidade e de bem-estar: de estabilidade na vida. Independência e sossego, possibilidade de fazer a vida como seja a nosso gosto! São os meus ideais impossíveis. Um velho solar de paredes que tenham vivido muito mais do que eu, dessas paredes que têm fantasmas, e, em volta um grande parque de velhas árvores, com recantos onde nunca vai ninguém. Viver o tumulto das grandes cidades e depois o silêncio, a solidão desses paraísos abandonados há muitos anos, onde entramos com não sei que inquietação-, como quem desembarca numa ilha desconhecida... Ah! isso, sim, é que me dava outras possibilidades de ser, de compreender e de ir pelo meu caminho. Mas não. Porque se luta, então, para conquistar um caminho que se sabe que não é o nosso? Somos nós próprios, que traímos a nossa vida. A vida não é isto, não é ganhar dinheiro. Isto é a fase primária, -quanto mais consciência tomamos mais nos enganamos, in: Branquinho da Fonseca, O Barão

Sem comentários:

Enviar um comentário