A desilusão acompanha de perto a fantasia. A minha já ia duplamente ferida. Quando Armstrong pôs os pés na Lua só havia pó e rochas que para nada serviam. Nada respondia à nossa carência de tudo, nada justificava ou fortalecia a nossa fragilidade, que, pelo contrário, pareciam mais expostas do que nunca. Ficaram as belas e melancólicas fotografias do nosso planeta ampliando a já nossa infinita solidão.
In: Pedro Paixão, O Mundo é Tudo o que Acontece, Quetzal, Lisboa 2008
Sem comentários:
Enviar um comentário